Thursday, October 26, 2006

Companhia

Eu sei que tu sabes o que sinto
Tu que não sei quem és
o que quero
o que espero de nós
de mim e de ti
de qualquer momento
de várias palavras
do silencio
e dos vários dias que passam.

Não sei se aceitas
Não sei se gostas assim
Se sim, que não esperavas,
eu não, o que aqui escrevo
e toco, o que aqui encontro em mim.

As maravilhas de um sabor
Deixar o tempo passar a observar a mudança da Natureza,
o sol que faz nascer sombras.

A lua que ilumina qualquer sombra.

Abraça-me porque eu sei que também
acabas por sentir-te só.

Para o meio de uma floresta, tocar num som, beija-lo sem esperar repetir de novo.
Compor uma música que ficará por ali.

E quando tudo se acalma
e a noite ocupa qualquer dia
espero também estar sósinha
e perder-me na terra junto com a nossa Natureza.

E não espero por mais
apenas por companhia mesmo que seja sósinha,
uma certeza de que existimos
Eu vou fazê-la...por isso deixa-me apenas sentir.

Eu e tu que não sei quem és.

Tuesday, January 17, 2006

Aquela onda


Alguém se lembra?

Não, só eu.

Só eu me consigo lembrar do rosto daquela onda que tocou aquela música para mim e foi puxada de novo para o fundo do mar.

Aquela que tocou na minha pele e por momentos me fez respirar debaixo de água e conhecer, no mais bonito e fundo oceano, o que pensava estar perdido em infância.

Aquele toque inconfundível e inigualável me fez fechar os olhos e conseguir ver tesouros perdidos trazidos pelo vento e corrente.

Sorrisos distantes, gargalhadas bem presentes ao ouvido, como é tão fácil fechar os olhos e ouvir a sua respiração... a respiração da onda ......

Thursday, December 22, 2005

Memórias


Pinguinhas são aquelas que descem de um lugar, e dão um saltinho para outro.

Divertidas e com vida, empurradas pelo vento. De cima de uma folha verde ou das asas de um pardal, lá vão elas concluir o seu trajecto que acaba no mundo ... debaixo da terra. (Mas também há aqueles invertebrados que lá vivem)

vvVvv..........eeEEEE....NNNnnnnnnnn......t..ooooooOOOoo
O que leva ele no bolso, só doenças?
Só memórias?
As mutações das memórias feitas pelo vento. De azul marinho passam facilmente a um vermelho carregado.... cor de sangue. (Cor da vida?)
Mas será o vento o culpado pelas nossas memórias erradas(ou momentos interpretados de má forma)?
O curioso é que a raça a que se chamam... Racional... isto e aquilo... costuma culpar sempre outra identidade que não seja ela própria, sem querer ganhar a porra da consciência(que até ela própria consciência tem), para se aperceber que até seria bom não viver na ignorância da mentira.
Culpar o pobre do ventinho para quê.......(pois há pouco era o vEEEEn.n.......t.....oooOOoo, agora já é ventinho) ....... o que uma simples brisa pode mudar na nossa cabeça!? (Pronto, agora é brisa!)
O Vento sopra...
e a Brisa acolhe nos seus braços,
a memória daqueles que se foram..
e daqueles que um dia irão.
As formas da Natureza que
brilham ao anoitecer,
acordam a esperança
daqueles que passaram mais um dia
igual ao de outros tantos!!
E cai a noite
os grilos cantam...
as formas abstractas descem á Terra
dão vida a Ela sem ninguém se aperceber.
Trazem um saquinho com pó prateado que espalham sob o solo,
lá de cima das árvores.
As crianças dormem debaixo das mantas,
quentinhas e aconchegadas,
não esperam por nada a não ser pelo sonho...
E o Vento sopra,
enquanto a Brisa acolhe nos seus braços
a memória daqueles que se foram,
e daqueles que um dia irão.